Vou ter que tomar remédio para sempre?
Uma das perguntas mais frequentes no consultório de psiquiatria é se o paciente terá que tomar o medicamento para sempre ou por um longo período. A resposta é: depende.
A duração do tratamento psiquiátrico depende de diversos fatores. Não existe um padrão de tempo e nem sempre conseguimos prever a sua duração.Alguns diagnósticos exigem tratamentos prolongados, podendo se estender por toda a vida, como é o caso da esquizofrenia ou do transtorno bipolar. No caso da esquizofrenia, trata-se de um transtorno incurável, e a sua condição pode piorar progressivamente ao longo da vida. A interrupção da medicação pode resultar no retorno dos sintomas positivos (delírios e alucinações), e o tratamento a longo prazo pode garantir melhor qualidade de vida melhorando os sintomas negativos (como as dificuldades sociais, redução das demonstrações de emoção e falta de prazer nas atividades diárias). No transtorno bipolar, o tratamento contínuo pode evitar novos episódios de mania e depressão, bem como a progressão para estágios mais difíceis de tratar, então costuma ser um tratamento a longo prazo.
No caso de transtornos como a depressão unipolar (a depressão "comum"), o tratamento deve durar o suficiente para uma melhora completa do quadro e para evitar novos episódios depressivos. Interromper o tratamento antes da hora ideal aumenta o risco de ocorrência de novos episódios depressivos no futuro ou pode levar a um estado depressivo crônico.
Quanto aos transtornos de ansiedade, a duração do tratamento pode variar bastante. Geralmente o que buscamos é o alívio dos sintomas para melhorar a qualidade de vida do paciente ansioso. No entanto, para uma melhora duradoura da ansiedade, é necessário compreender e reinterpretar nossos medos, como lidamos com os estressores da vida, como controlamos nossas expectativas... Para isso, uma psicoterapia de qualidade, com um profissional capacitado, é fundamental. Se o paciente não fizer terapia, há uma grande chance de que os sintomas ansiosos retornem ao interromper a medicação.
Eu especifiquei a terapia no caso da ansiedade, mas em todos os transtornos o acompanhamento com psicólogo ou psicanalista é um pilar fundamental para a melhora.
No caso do TDAH, a duração do tratamento depende da gravidade dos sintomas e do quanto eles afetam a funcionalidade. Também é influenciada pelas habilidades aprimoradas ao longo do tratamento. Costumo dizer que o TDAH não é uma deficiência e o tratamento representa uma oportunidade para a pessoa se conhecer e desenvolver suas habilidades e encontrar alternativas para lidar com suas dificuldades originais. Isso pode resultar em uma redução ou até mesmo na eliminação da necessidade de medicação no futuro.
Mencionei alguns dos diagnósticos mais comuns para demonstrar que não há um padrão na duração do tratamento. No entanto, na maioria dos casos, o paciente não precisará usar a medicação pelo resto da vida. Mas quando o tratamento a longo prazo for necessário, é importante compreender que pode ser para o seu próprio bem.
A duração do tratamento psiquiátrico depende de diversos fatores. Não existe um padrão de tempo e nem sempre conseguimos prever a sua duração.Alguns diagnósticos exigem tratamentos prolongados, podendo se estender por toda a vida, como é o caso da esquizofrenia ou do transtorno bipolar. No caso da esquizofrenia, trata-se de um transtorno incurável, e a sua condição pode piorar progressivamente ao longo da vida. A interrupção da medicação pode resultar no retorno dos sintomas positivos (delírios e alucinações), e o tratamento a longo prazo pode garantir melhor qualidade de vida melhorando os sintomas negativos (como as dificuldades sociais, redução das demonstrações de emoção e falta de prazer nas atividades diárias). No transtorno bipolar, o tratamento contínuo pode evitar novos episódios de mania e depressão, bem como a progressão para estágios mais difíceis de tratar, então costuma ser um tratamento a longo prazo.
No caso de transtornos como a depressão unipolar (a depressão "comum"), o tratamento deve durar o suficiente para uma melhora completa do quadro e para evitar novos episódios depressivos. Interromper o tratamento antes da hora ideal aumenta o risco de ocorrência de novos episódios depressivos no futuro ou pode levar a um estado depressivo crônico.
Quanto aos transtornos de ansiedade, a duração do tratamento pode variar bastante. Geralmente o que buscamos é o alívio dos sintomas para melhorar a qualidade de vida do paciente ansioso. No entanto, para uma melhora duradoura da ansiedade, é necessário compreender e reinterpretar nossos medos, como lidamos com os estressores da vida, como controlamos nossas expectativas... Para isso, uma psicoterapia de qualidade, com um profissional capacitado, é fundamental. Se o paciente não fizer terapia, há uma grande chance de que os sintomas ansiosos retornem ao interromper a medicação.
Eu especifiquei a terapia no caso da ansiedade, mas em todos os transtornos o acompanhamento com psicólogo ou psicanalista é um pilar fundamental para a melhora.
No caso do TDAH, a duração do tratamento depende da gravidade dos sintomas e do quanto eles afetam a funcionalidade. Também é influenciada pelas habilidades aprimoradas ao longo do tratamento. Costumo dizer que o TDAH não é uma deficiência e o tratamento representa uma oportunidade para a pessoa se conhecer e desenvolver suas habilidades e encontrar alternativas para lidar com suas dificuldades originais. Isso pode resultar em uma redução ou até mesmo na eliminação da necessidade de medicação no futuro.
Mencionei alguns dos diagnósticos mais comuns para demonstrar que não há um padrão na duração do tratamento. No entanto, na maioria dos casos, o paciente não precisará usar a medicação pelo resto da vida. Mas quando o tratamento a longo prazo for necessário, é importante compreender que pode ser para o seu próprio bem.
E o mais importante é nunca parar o tratamento por conta própria! Mesmo que esteja insatisfeito, retorne ao seu médico para ser aconselhado corretamente.
Editor do blog Cuidar da Mente
Instagram: dr.lucasbcarneiro